Vitalidade no enfrentamento do diagnóstico

Esta é a forma de lidar com a doença encontrada pela dona Lucinda Orlandin Maffei

Prestes a completar 83 anos, a dona Lucinda Orlandin Maffei esbanja vitalidade e otimismo de fazerem inveja a muitos jovens, especialmente porque ela acaba de iniciar o tratamento oral para combater um câncer de mama.
“Fiquei triste sim, mas não fico pensando em morte, penso na vida porque ainda quero ver meus netos casarem! Não vou desanimar, pego meu terço, vou rezando e sigo adiante”, diz a mãe dos gêmeos Miridiana e Marciano e avó do Lucas, 17, Davi e Bruno, 9.
Viúva há cinco anos, dona Lucinda, bordadeira a vida toda, hoje se dedica aos cuidados da terra que possui em sua casa, cercada por flores, plantação de feijão e a horta, xodó da dona. “Gosto de ver tudo ajeitado, por isso levanto cedo e não vejo o dia passar”, confessa, com a casa arrumada e a comida feita.
Os netos são visitas constantes, o que alegra dona Lucinda, que nasceu em Morro Gaúcho e veio a Farroupilha em 1960 para trabalhar.
Há quatro anos, ela descobriu uma calcificação na outra mama. Retirou e se tratou com remédios, realizando a mamografia a cada seis meses, mesmo no período de pandemia. Foi exatamente por uma mamografia que descobriu o problema atual. “Nunca senti nada. Foi no exame que descobri e por isso não deixo de me cuidar porque quero viver”, acrescenta sem desespero algum e ensinando a todos neste outubro rosa.