A caminho de uma cidade Lixo Zero
Farroupilha está na trilha do conceito Lixo Zero. O II Fórum Municipal Lixo Zero, que acontece no dia 19 de julho, na Câmara dos Vereadores, vai mostrar isso e promover o engajamento de todos para uma questão tão fundamental para o planeta

Você conhece o conceito do Lixo Zero? Sabe o que é isso? É o máximo aproveitamento e correto encaminhamento dos resíduos recicláveis e orgânicos e a redução – ou mesmo o fim – do envio destes materiais para os aterros sanitários eou para a incineração. Trata-se de uma meta tão forte e importante, que existem organizações espalhadas pelo mundo que trabalham para alcançá-la e estão inseridas em um movimento internacional chamado Zero Waste International Alliance, a ZWIA. O Brasil faz parte dela.
Quem nos representa internacionalmente é o Instituto Lixo Zero Brasil (ILZB), organização da sociedade civil autônoma, sem fins lucrativos, fundada em 2010 e com sede em Florianópolis.
Aqui em Farroupilha, a embaixadora do Instituto Lixo Zero Brasil é a artista e ambientalista Júlia Zilio. É ela quem está na coordenação da realização do II Fórum Municipal Lixo Zero Farroupilha, que acontece no dia 19 de julho, na Câmara de Vereadores da cidade. Este ano, estaremos realizando na Câmara Municipal de Vereadores com a intenção de chamar a atenção dos legisladores para a importância de colocarmos em pauta determinadas legislações referentes ao encaminhamento de uma Farroupilha Lixo Zero até 2030, afirma.
A ideia do Fórum Municipal Lixo Zero é enaltecer, gratificar e mostrar organizações, projetos ou indivíduos que sejam exemplos ou tenham influência no meio dos resíduos sólidos. Todos os painelistas são representantes locais e para engrandecer ainda mais o evento, chamamos artistas e empreendedores locais relacionados ao tema, os quais divulgarão seus trabalhos ao público participante, explica Júlia.
Segundo ela, Farroupilha está avançando na questão. Existem diversos fatores na sociedade agindo para que possamos avançar ainda mais. Obviamente temos um longo caminho a trilhar, pois a situação dos resíduos no município e no Brasil é uma discussão recente, haja vista que nossa legislação federal, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, somente foi aprovada em 2010. Mas temos um cenário otimista se desenhando no município, opina.
Cada um de nós é responsável por aquilo que gera, daí a necessidade de repensar quais atitudes são capazes de minimizarem os impactos ambientais. Mais consciência para mais responsabilidade, o que implica em mudanças de práticas, de estilo de vida.
A meta de sermos um município Lixo Zero até 2030, não é responsabilidade apenas de Executivo e Legislativo Municipal, mas responsabilidade de cada cidadão. Nosso aterro sanitário tem uma vida útil de no máximo dez anos, portanto precisamos do engajamento de todos os setores da população farroupilhense, para que possamos juntos atingir essa meta e paramos de enterrar dinheiro, porque resíduos bem encaminhados são recursos financeiros que geram toda uma cadeia de economia, além de gerar renda para muitas pessoas, seja para o catador, seja para o empresário, finaliza a embaixadora do Instituto Lixo Zero Brasil.