“As escolas deveriam ensinar para não deixar morrer algo tão bonito”
Grupo Náni segue mantendo as tradições dos antepassados, principalmente o dialeto italiano, que na opinião do presidente do grupo, Antoninho Tumelero, deveria ser ensinado nas escolas
O Grupo Folclórico Náni também está desfilando pela ExpoFarroupilha/ Fenakiwi todo o apreço pela cultura italiana, alimentando e apresentando as tradições do povo do qual os integrantes descendem.
Com 15 integrantes, o grupo, que começou com duas pessoas jogando Mora em uma festa do pêssego, em Pinto Bandeira, é convidado para apresentações em festas da região.
O presidente, Antoninho Tumelero, em um rápido bate-papo, entregou sua preocupação com a preservação do dialeto italiano no local do Rio Grande do Sul que é o berço da imigração italiana. Percebo que a daqui um tempo todo o cuidado que temos em manter o dialeto vai se perder e isso vai refletir no futuro, porque ninguém vai saber qual era a língua falada quando os italianos chegaram ao Brasil. Eu faço questão de falar o dialeto porque é uma forma de preservar tudo o que meus avós trouxeram da Itália, em 1921, revela.
Pai de Willian, 17 anos, e Suelen, 11, ele diz que transmite aos filhos a riqueza das tradições familiares, o que não é difícil estando em uma região como Farroupilha, segundo ele. A família, com a mãe Rosane, é da Linha Jacinto.
Para manter o dialeto que falamos aqui, as escolas deveriam ensinar para não deixar morrer algo tão bonito. No que depender de nós, vamos continuar falando e até fazendo piadas no dialeto e também mostrando toda a beleza de fazer um chapéu de palha de trigo, de uma dança típica, enfim, dos costumes dos imigrantes italianos, conclui Tumelero.
Pelo trabalho de grupos como o Náni, as tradições italianas do passado vão garantindo espaço, de geração a geração. Especialmente em uma região como a nossa.
Contato pelos fones: (54) 3260-1128 e 98401-5069
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REPORTAGEM:
CLAUDIA IEMBO
claudia@ofarroupilha.com.br