Brasil de Farroupilha participa de evento de Letramento Racial comas categorias de base da FGF
O presidente da FGF, Luciano Hocsman, falou sobre a importância do letramento para acabar com o racismo
A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) e a Associação de Afroempreendedorismo (Odabá) promoveram uma ação de Letramento Básico Antirracista para atletas e coordenadores das categorias de base masculinas e femininas dos clubes gaúchos, na terça-feira, dia 24 de setembro. O evento, realizado no auditório da FGF, faz parte de mais uma etapa do projeto Protocolo Zero: Fim de Jogo para o Racismo, e teve a presença de representantes da Sociedade Esportiva, Recreativa e Cultural (SERC) Brasil, de Farroupilha, os atletas Matheus (equipe masculina Sub-17), Robinho (masculina Sub-20) e Núbia (Feminina profissional), além do técnico da equipe feminina Leonardo Antunes.
Participaram também o presidente da FGF, Luciano Hocsman, o secretário-geral, Mauro Rocha, o diretor jurídico, Gilson Kroeff, e o diretor-financeiro, Marcelo Ducati, além da psicóloga e gestora de projetos da Odabá, Maiara Medeiros, e a socióloga da Odabá, Nina Fola, além de colaboradores da FGF, atletas, membros de comissões técnicas e coordenadores das categorias de base femininas e masculinas. O presidente da FGF comentou sobre o letramento com as categorias de base. “Para nós é muito importante ter vocês presentes aqui. Em nossas conversas com a Odabá, sempre falamos da necessidade de realizar este trabalho com as categorias de base. Desde cedo, todos precisamos ter consciência das questões raciais e da necessidade de combater o racismo não apenas no futebol, mas também na sociedade”, afirmou Hocsman.
Durante o evento, atletas, membros de comissões técnicas e coordenadores das categorias de base assistiram apresentações, vídeos e participaram de dinâmicas que abordavam temas como racismo estrutural, história, sociologia e desempenho esportivo. A psicóloga e gestora de projetos da Odabá, Maiara Medeiros, destacou que o formato do evento tinha como objetivo pensar o futuro dos jovens na sociedade. “Planejamos este evento pensando no futuro. Quem vão ser nossos jogadores e nossa sociedade nos próximos anos? Então, trazer a conscientização sobre este tema desde o momento da formação é importante para que a gente possa construir uma sociedade mais justa”, salientou Maiara.
A socióloga da Odabá, Nina Fola, também ressaltou a aposta no futuro como um dos legados da ação de letramento. “Esse evento tem uma visão de futuro. Uma aposta de que a gente pode ter uma sociedade mais inclusiva e diversa. Uma sociedade na qual as pessoas possam se respeitar e tratar essas questões que fazem tanto mal à humanidade como problemas que precisam ser combatidos”, enfatizou Nina.
Já a atleta do Esporte Clube Juventude, de Caxias do Sul, embaixadora do projeto Protocolo Zero, Roberta Rosa, elogiou a iniciativa do trabalho com os jovens e reforçou que estas inciativas precisam ser difundidas. “É uma ação muito importante para o crescimento pessoal. A Federação Gaúcha de Futebol vem nos privilegiando com este tipo de conhecimento, trazendo pessoas experientes e estudadas para falar sobre racismo. Estamos numa luta constante e diária para combater a discriminação e o preconceito. Por isso, acho muito importante esse evento com os clubes e acredito que precisamos levar ações como essas até as escolas para que as crianças também possam aprender. Desta forma, todos saímos ganhando como sociedade”, finalizou Roberta Rosa.