Frank precisa da sua ajuda

Ao som de Os 4 Gaudérios é que a diarista Andréia Meneses Halfen, mãe de Frank Halfen Fonseca, 21 anos, abriu  seu coração. Em meio a animadas e frequentes intervenções do jovem à conversa com a reportagem querendo  mostrar seu CD favorito, ao qual ouve incansavelmente todos os dias, e a televisão instalada no seu quarto, a mãe, com brilho nos olhos de quem ama, mas, ao mesmo tempo, também sente dor, contou sobre a doença rara do filho, a  anemia de Fanconi, uma patologia genética rara causada por uma deficiência na medula óssea e que impede a  produção de células sanguíneas normais. Além disso, Frank também é portador de agenesia do corpo  caloso, ou seja, a má formação do corpo caloso, parte que liga os dois hemisférios do cérebro.

Diante da triste realidade, Andréia explica que para manter o filho vivo são necessárias frequentes transfusões de sangue. Segundo ela, não há regularidade para realiza-las, pois a quantidade varia de acordo com quadro de infecções –  que são recorrentes pela baixa imunidade – e febre, mas é preciso, em média, 15 bolsas de sangue semanais, que são feitas sempre no Hemocentro Regional de Caxias do Sul (Hemocs), onde atualmente há 31 bolsas de sangue  em débito que precisam ser repostas. De acordo com Andréia, a necessidade de fazer transfusão é percebida por  meio do comportamento do jovem, que apresenta sinais fortes de cansaço.

Frente a anos de muita luta, sustos, persistência e visita a diferentes médicos, Andréia, com um ar um pouco mais suave, conta que um micro-ônibus  foi disponibilizado gratuitamente pela Secretaria de Saúde para levar ao Hemocs, na manhã deste sábado (09), as  pessoas interessadas em doar, e assim, auxiliar a família a repor as bolsas de sangue que estão em débito. Ou  seja, qualquer tipo sanguíneo será aceito. A saída está prevista para as 8h, em frente à Secretaria. Os interessados devem entrar em contato com Andréia pelo telefone (54) 8139.5121 para fazer o agendamento.

Apesar de já ter  ouvido da médica responsável – que demonstra intenso carinho pela dedicação a Frank – reforçar a incerteza  quanto ao futuro do jovem, Andréia encontra dentro de si a força necessária para seguir em frente, além de estar  ciente de que está fazendo tudo que pode pelo filho. O que eu puder fazer eu vou fazer, enfatiza.