Mais um capítulo de uma antiga novela

Na última terça-feira (23), às 13h, a comunidade da Linha Boêmios realizou nova manifestação na RS-122 para chamar a atenção das autoridades quanto ao asfaltamento da VRS-826

A comunidade da Linha Boêmios não tem encontrado outra forma de exigir o asfaltamento da VRS-826, que liga os municípios de Farroupilha e Alto Feliz, senão com paralizações. A última delas ocorreu na tarde de terça-feira (23) na RS-122, no trevo que dá acesso à localidade. A mobilização reuniu cerca de 100 pessoas, entre moradores e autoridades, e teve o objetivo de chamar a atenção dos responsáveis pela realização da obra, em especial do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer). De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), que coordenava o bloqueio do fluxo de carros em intervalos médios de 10 minutos, o congestionamento alcançou de três a cinco quilômetros em ambos os sentidos. De acordo com um dos integrantes da Comissão Pró-Asfalto, Leandro Somacal, este segundo movimento foi organizado, pois o prazo estipulado pelas autoridades para a solução do problema não foi cumprido.

Conforme reclama o industriário Nestor Marques, 48 anos, que integra a Comissão Pró-Asfalto, as condições da via estão muito precárias e, consequentemente, estão causando prejuízos aos moradores da localidade. A rodovia está intransitável, não tem mais condições de trafegar nela, comenta. Hoje, a gente está tendo o problema de transporte escolar porque o pessoal não quer mais fazer, queixa-se ele. Assim, apesar de saber dos transtornos causados aos motoristas, Marques explica que esta foi única maneira da comunidade conseguir a atenção das autoridades. A gente está trancando uma rodovia onde o fluxo de veículos é muito grande. A gente sabe que está prejudicando pessoas que não têm nada a ver com o problema, mas é a única maneira que a gente tem no momento para chamar a atenção, desabafa.

Para o agricultor Alberto Brustolin, 44 anos, é muita promessa para pouca ação. Um promete, o outro promete e não acabam nunca. E na hora que a gente mais precisa, cadê os nossos governantes?, indaga. A única maneira que a gente encontrou foi vindo para a beira De acordo com Brustolin, caso as obras não sejam retomadas, novas manifestações devem ser organizadas pela comunidade. Eu acho que as paralizações cada vez vão ser maiores, até que se tenha um resultado. Mesmo a gente sabendo que o pessoal (motoristas) não tem nada a ver com isso, mas é para eles verem que o que a gente está pedindo realmente é uma necessidade, ressalta.

Mais detalhes você confere na edição impressa da última sexta-feira.