Resultado de uma iniciativa bem-sucedida da educação

Com objetivos claros e enriquecedores, a parceria entre gestão municipal e a Rede Calábria dos Padres do Seminário Apostólico Nossa Senhora de Caravaggio oferece atividades de contraturno para 150 crianças da rede municipal e estadual do município, dos níveis da pré-escola até o 9º ano: é o Centro Familiar São João Calábria

Com a intenção de proporcionar a oportunidade do ensino escolar integral e que atenda às necessidades da procura por atendimento às crianças no turno oposto à sua escola, nasceu o Centro Familiar São João Calábria, cujo objetivo maior é desenvolver habilidades e competências por meio do reforço pedagógico, artístico, moral e cívico, enquanto a criança é assistida.
A ideia do Centro Familiar partiu da atual administração Fabiano e Jonas, juntamente com a Secretária de Educação Luciana Zanfeliz e a Diretora Geral da Educação Marli Bortolini da Silva, atual gestora desta parceria: “O contrato foi firmado por meio de chamada pública e a Rede Calábria dos Padres do Seminário Apostólico Nossa Senhora de Caravaggio foi a entidade capacitada e credenciada que efetivou o convênio de prestação de serviços com o município de Farroupilha”, afirma.

Segundo a diretora, o Centro Familiar tem os seguintes objetivos nas suas atividades diárias:

  • Contribuir no desempenho escolar;
  • Possibilitar uma formação integral dos alunos;
  • Contribuir nas necessidades extra curriculares;
  • Completar com aprendizado o tempo ocioso dos estudantes;
  • Proporcionar a oportunidade de enriquecer a preparação para o primeiro emprego;
  • Desenvolver talentos ligados à arte e aos valores ligados à cultura que a comunidade pertence;
  • Descobrir e desenvolver espíritos de liderança, tanto no trabalho em equipe quanto na vida familiar.

Em atividade desde setembro de 2022, o programa atende 150 crianças da rede municipal e estadual do município e são crianças dos níveis da pré-escola até o 9º ano, divididas em turmas, ciclos que vão do 1 ao 3, sendo: Ciclo 1: Prés e 1º ano; Ciclo 2: 2º ao 5º ano e Ciclo 3: 6º ano 9º ano.

Atividades
Ciclo 1

Crianças do Ciclo 1 conheceram em abril, por exemplo, histórias literárias, entre elas, o “Gato pra lá, rato pra cá”, da autora Sylvia Orthof e “Não-me-esqueças: A magia das fadas”, das autoras Patricia MacCarthy e Marianne Musgrove. Ambos os livros foram utilizados para instigar o imaginário, aguçar a criatividade e estimular a ludicidade, além de trabalhar o letramento e a consciência fonológica com as crianças contribuindo na pré-alfabetização.
Tudo acontecendo de maneira lúdica, com a utilização de imagens e muita vivência corporal. Com atividades artísticas, as crianças têm a oportunidade de vivenciar os conteúdos, ampliando o conhecimento linguístico e o vocabulário de cada educando.

Ciclo 2
Recentemente, o ciclo 2 viajou ao mundo encantado com a história “O Pequeno Príncipe”. Dentro da temática, as turmas estudaram o motivo pelo qual os vulcões entram em erupção e realizaram diversas experiências para simular uma erupção.
Durante os experimentos, as crianças puderam presenciar a mistura de alguns ingredientes (vinagre, bicarbonato de sódio, corante, detergente, glicerina, permanganato de potássio, Coca-Cola e Mentos) que resultaram em reações químicas, que fermentadas resultaram em lava abundante e transbordante!

Ciclo 3
São João Calábria um dia disse: “O jovem tem escrito em sua fronte, sou de quem me conquistar”. Com esta mensagem, o Centro Familiar busca envolver os adolescentes em atividades pedagógicas atrativas, os estimulando a interagirem com as temáticas atuais da sociedade moderna, assim como auxiliá-los na construção de uma imagem de agentes de transformação.
As tecnologias permeiam o currículo de forma consciente e culminam no uso responsável das mídias sociais e ferramentas tecnológicas, permitindo que os jovens do ciclo 3 iniciassem um projeto voltado à construção do jornal da turma, realizando pesquisas sobre tópicos atuais e desenvolvendo o design gráfico do jornal.
Além disso, nas oficinas de manualidade foram produzidos sabonetes artesanais, com erva-mate e com as flores do chá de marcela, que são as bebidas símbolos do Rio Grande do Sul.
Os sabonetes foram entregues como uma lembrança do Projeto Centro Familiar, no I Encontro de Pastoralistas da Rede Calábria, que aconteceu em Porto Alegre.
O entusiasmo notado pela atividade foi tão que o projeto terá continuidade no decorrer dos próximos meses.
Mediante a bem-sucedida atuação do contraturno, as vagas estão esgotadas. “No momento estamos com a capacidade total do contraturno, mas para os interessados existe a oportunidade de ser incluído numa lista de espera. Para isso, podem me procurar na Secretaria de Educação”, avisa Marli.

Equipe do Centro Familiar São João Calábria
Coordenadora de projetos: Nadine Augustini
Auxiliar de coordenação: Tais de Bona
Educadora da pastoral: Marisa Teresinha Wendling
Educador: Gustavo Ernesto Barntick
Auxiliar de Serviços Gerais: Irene Judite Hendges
Auxiliar de Manutenção: Jorge Adrian Pintos Rodrigues
Cozinheira: Maria Nilza da Conceição
Educadora: Roseanne Rachel Denobi Cabral Man
Oficineira: Gabrielle Canada de Aguiar
Cozinheira: Edna Paula Ramos
Oficineira: Bruna Villa Pinto
Educadora: Lóren Teixeira Lopes
Gestora: Marli Bortolini da Silva

FOTOS: Divulgação/Centro Familiar São João Calábria

Filosofia da Rede Calábria dos Padres do Seminário Apostólico Nossa Senhora de Caravaggio
A Rede Calábria embasa as suas propostas metodológicas no alicerce da mística calabriana, que convida a refletir sobre a paternidade universal de Deus, expressa na frase “…Deus é Pai e somos todos irmãos”. Desse paradigma brota uma espiritualidade ativa que permeou toda a pedagogia Calabriana.
A Rede, visando materializar sua causa estratégica de acolher promovendo vidas, busca na Pedagogia do Fazer (agir consciente, em contato com a terra, com a arte, com as manualidades e os ofícios primordiais), elementos culturais e metodológicos para o desenvolvimento das atividades com os atendidos.
Fundamentado na proposta do filósofo austríaco Rudolf Steiner, o movimento se sustenta na concepção de que toda educação é auto-educação, e os educadores oportunizam as possibilidades para que a criança eduque a si mesma.
Na abordagem da Pedagogia do Fazer, a criança e o adolescente são concebidos como seres únicos e integrais, compostos por pensar, sentir e querer, requerendo da comunidade educativa um amplo espectro de oportunidades para vivências e aprendizagens. Neste contexto são desenvolvidas as atividades pedagógicas.