Crise humanitária

Crise humanitária  é uma situação de emergência, em que a vida de um grande número de pessoas se encontra ameaçada

Crise humanitária  é uma situação de emergência, em que a vida de um grande número de pessoas se encontra ameaçada e na qual recursos extraordinários de ajuda humanitária são necessários para evitar uma catástrofe ou pelo menos limitar as suas consequências; elas geralmente caracterizam-se pela privação de alimentação, abrigo, riscos à saúde, à segurança ou ao bem-estar de uma comunidade ou de um grande grupo de pessoas, em uma área quase sempre extensa.
Conflitos armados, guerras entre países ou guerras civis, epidemias, crise alimentar, contaminação do meio ambiente, desequilíbrio social, desemprego, e fomento à ganancia geram crise humanitária.
Ao mesmo tempo em que muitos passam fome, alguns tomam banho de Champanhe.  Segundo o estudo divulgado pela organização não-governamental britânica Oxfam, cerca de 7 milhões de pessoas que compõem o grupo dos 1% mais ricos do mundo ficaram com 82% de toda riqueza global gerada em 2017, por outro lado, a metade mais pobre da população mundial, 3,7 bilhões de pessoas, não obteve nada do que foi gerado no ano passado. No Brasil, 5 bilionários concentram mesma riqueza que metade mais pobre no país, diz o estudo. 
A riqueza financeira e a opulência são veneradas enquanto a miséria é desprezada e ignorada. Esquecemos que somos todos seres humanos, um ser complexo, composto de valores éticos e morais e dotados de direito a dignidade. O modelo de valores que criamos nos embriagou e, como uma cirrose, nos está matando. Só vemos pessoas tentando achar a fórmula do sucesso profissional, do sucesso pessoal, mas vemos mais pessoas doentes e uma grande crise humanitária global se alastrando.
Por tentar ser perfeitas, por tentar entender de tudo, por tentar ultrapassar os próprios limites, para mostrar do que são capazes as pessoas perderam valores, não se tem mais moral, os bons costumes e o bom caráter tornaram-se ultrapassados ou sinônimo de fraqueza. Vemos em todos, nos mais altos cargos das empresas, ou em cargos públicos, o que era para ser um exemplo, tornando-se apenas uma briga pelo poder, que leva os seres humanos a mostrar sua capacidade de perversão, de falta de amor, de ódio, de ganancia. A ganancia se tornou o principal objetivo de conquistas, de sobremodo no meio governamental.
Isso está adoecendo o mundo, gerando ansiedade, estresse e depressão. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo e a estimativa é de que seja ainda maior até 2020. No Brasil, a doença atinge 5,8% da população brasileira, além dos distúrbios relacionados à ansiedade que afetam 9,3%. 
O mundo está doente. E a doença somos nós. Adoecemos o mundo a cada vez que fingimos achar normal comportamentos arrogantes, depreciativos ou abusivos. Essa coisa se alastra feito viroses ainda não catalogadas. São disfarçadas por estampas finas ou simplórias em cujo interior habita a pior espécie de gente. Em hipótese alguma, a imagem, o dinheiro e a fama, deveria ter prioridade sobre o bem-estar social. Está mais do que na hora de revermos nossos valores. Vivemos uma era de egos superlativos e a eminencia de uma profunda crise humanitária.