Vicenza

Esta semana decidi conhecer a localidade que deu o nome original da cidade de Farroupilha, pois, antes que se chamara

Esta semana decidi conhecer a localidade que deu o nome original da cidade de Farroupilha, pois, antes que se chamara assim, o Berço da Imigração Italiana no Rio Grande do Sul, tinha como nome Nova Vicenza. Como adoro o ciclismo, e por aqui todo mundo pedala, decidi fazer o percurso de Verona a Vicenza em bicicleta. Foram 51 km de pleno desfrute pela Ciclabile I1, uma da inúmeras ciclovias da região do Vêneto.

Viajar de bicicleta é uma forma de turismo sustentável que oferece cenários inesperados. No Veneto, aliás em toda a Itália, as ciclovias permitem que você entre em contato com arte, cultura, gastronomia e belezas naturais com plena segurança. Andar de bicicleta por aqui é muito comum, uma atividade feita por pessoas de todas a idades e com os mais diversos propósitos.

O itinerário da E1 oferece uma visão geral da riqueza de história e tradições que caracterizam as províncias de Verona, Vicenza, Pádua e Veneza. Saindo de Verona, encontram-se exemplos de arte românica-veronense e as terras dos bons vinhos Bardolino e Valpolicella, paisagens repletas de oliveiras, macieiras e outros cultivos de ortifrutigranjeiros, além dos testemunhos da antiga nobreza, graças às esplêndidas vilas paladianas ao aproximarmos de Vicenza. E Manbrotta, pequena localidade produtora de maçãs, uma auspiciosa surpresa ao ver uma placa indicando a Via Girelli, me fez lembrar dos meus queridos amigos Milton e Olivo Girelli, produtores de ortifrutigranjeiros na Linha Jacinto, distrito da antiga Nova Vicenza.

Vicenza é uma cidade italiana de 110 647 habitantes, e como região, incluindo os distritos e áreas rurais, é a quarta em número de habitantes, depois de Veneza, Verona e Pádua, com cerca de 240.000 habitantes.
Vicenza é apelidada como “a cidade de Palladio”, e um marco do Renascentismo, pela extraordinária contribuição arquitetônica e artística do arquiteto Andrea Palladio pela explodida beleza e valor histórico ela foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

A cidade é um dos centros industriais e econômicos mais importantes da Itália, com alta renda per capita e o coração de uma província repleta de pequenas e médias empresas, cujo tecido produtivo é há anos o terceiro maior ponto de vendas de exportação da Itália, impulsionado principalmente por setores de engenharia, têxtil e ourives. Este último atinge mais de um terço do total de exportações de ouro, tornando Vicenza a capital italiana do processamento de ouro.

A Itália foi gravemente marcada pela corrupção política. Recentemente o país viveu um período de ódio e soberba que gerou um alto nível de evasão de capital intelectual e uma grande taxa de desemprego, período breve, mas nefasto, ao mando do governo de extrema direita do destituído Matteo Salvini. O novo governo Italiano, presidido por Giuseppe Conte, iniciou uma campanha focando na educação, capacitação e aproveitamento do capital humano, tendo como foco a valorização da história, fortalecimento da cultura, fomento à inovação e desenvolvimento do trabalho. Uma Itália ecologicamente correta e de vanguarda tecnológica.