Dentro, não fora
O vento que bate no rosto podia ter a capacidade de dissipar as preocupações, levar com ele o que nos
O vento que bate no rosto podia ter a capacidade de dissipar as preocupações, levar com ele o que nos incomoda e trazer novos incentivos mentais, como se estivéssemos sendo purificados pela sua passagem, renovados por um sopro, literalmente.
Quase sempre temos a tendência de buscar as soluções fora de nós, mas elas estão lá dentro, na superfície, fáceis de serem encontradas ou nas profundidades, escondidas, à espera do nosso esforço, do nosso empenho.
Quantas vezes nos pegamos esperando que as outras pessoas resolvam o que nos compete? Depositamos responsabilidades no outro e mergulhamos em um mundo perigoso de expectativas, que carregam consigo as armadilhas das frustrações. De novo, nos deparamos com a busca fora de nós.
Esperar que as outras pessoas sejam como somos, ou ajam como agimos ou sintam como sentimos é tão imprudente quanto deixar uma criança atravessar a rua sozinha. Não tem como dar certo. Ainda assim parece que a gente não aprende. O que não se aprende, se repete.
Neste processo todo de construção de nós mesmos, vamos deixando impressões nos outros a nosso respeito, que resultam em julgamentos e percepções que nem sempre condizem com a realidade, mas nos mostram que toda ação que tomamos, ou deixamos de tomar, tem uma consequência.
Estamos em evolução e os níveis são diferentes para cada um de nós. Vida.
Eu podia, como sempre faço, ter desenvolvido uma análise sobre algo corriqueiro que pudesse transmitir alguma mensagem. Desta vez o caminho foi diferente. Intuitivo. De qualquer modo, minhas palavras são sempre procuradas no lado de dentro, de forma prudente, para que cumpram a missão a que estão destinadas.
As respostas estão dentro de nós. A maior parte delas. Conscientes disso, o vento que sopra é apenas o vento que sopra. A ele não cabem atribuições além daquelas que já possui, poderoso como todas as forças da natureza.