Capítulo 34: As contradições citadas pelos céticos

Existem pessoas céticas em relação ao conteúdo da Bíblia Sagrada. Alguns estudiosos buscam questões aparentemente contraditórias entre seus livros e

Existem pessoas céticas em relação ao conteúdo da Bíblia Sagrada. Alguns estudiosos buscam questões aparentemente contraditórias entre seus livros e se dedicam a escrever sobre o assunto, tentando colocar em dúvida o conteúdo bíblico. Lee Strobel, escritor do livro “Em Defesa de Cristo” foi uma dessas pessoas, quando era ateu.
Por este motivo, ele visitava estudiosos defensores da Bíblia e os questionava muito. Como exemplo, em um dos questionamentos de Lee para Craig Blomberg, o autor comparou os textos de Mateus 8:5-6: “Quando Jesus entrou na cidade de Cafarnaum, um oficial romano foi encontrar-se com ele e pediu que curasse o seu empregado. Ele disse: Senhor, o meu empregado está na minha casa, tão doente, que não pode nem se mexer na cama. Ele está sofrendo demais.”; com o texto de Lucas 7:1-3: “Quando Jesus acabou de dizer essas coisas ao povo, foi para a cidade de Cafarnaum. Havia ali um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito. O empregado estava gravemente doente, quase morto. Quando o oficial ouviu falar de Jesus, enviou alguns líderes judeus para pedirem a ele que viesse curar o seu empregado.”.
O que Lee destacou como contradição, foi que no livro de Mateus o oficial romano foi ao encontro de Jesus, enquanto que o livro de Lucas relata que o centurião mandou que os anciãos fossem até Jesus. Blomberg lhe respondeu: “Pense da seguinte forma: no mundo atual, ouvimos noticiário que o presidente declarou hoje…, quando na verdade o discurso foi redigido por alguém encarregado de escrevê-lo e lido pelo secretário de imprensa e, com um pouco de sorte, talvez o presidente tivesse a oportunidade de vê-lo em um certo momento entre a primeira e a segunda etapa. Nem por isso podemos dizer que a reportagem estava errada. Da mesma forma, no mundo antigo, era perfeitamente compreensível e aceitável que se atribuíssem às pessoas ações que, na verdade, foram praticadas por seus subordinados ou emissários, no presente caso, pelos anciãos do povo judeu.”. Desta forma, Blomberg afirmou que tanto Mateus quanto Lucas têm razão.
Em outro questionamento de Lee, ele perguntou se o fato de os autores dos evangelhos bíblicos amarem Jesus, não poderia tê-los levado a fazer certas modificações nos textos para que Jesus parecesse bom. Blomberg lhe respondeu: “Admitamos que a situação possibilite isso. Mas também as pessoas são capazes de honrar e respeitar alguém a tal ponto que se sintam impelidas a registrar sua vida com a maior integridade possível. Essa seria a forma de demonstrar seu amor por tal pessoa. E é o que eu acho que aconteceu aqui. Além disso, esses discípulos nada tinham a ganhar, exceto críticas, o ostracismo e o martírio. Com certeza nada lucraram financeiramente. Na verdade, foram pressionados a ficar quietos, a negar a Jesus, a diminuí-lo, e até mesmo a esquecer que um dia o conheceram. No entanto, por causa de sua integridade, proclamaram o que viram, ainda que com isso tivessem de sofrer e morrer.”.