Mais fé e menos compras
Apesar da passagem de milhares de fieis pelo Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, comércio instalado no local teve menos vendas
A 134ª Romaria de Nossa Senhora de Caravaggio vai muito além da fé. Em torno da esplanada, fieis vindos de diferentes locais aproveitam a visita não só para renovarem suas forças, agradecerem ou pedirem perdão. Muitos comerciantes aproveitam o aglomerado de pessoas que se dirige ao local para vender seus produtos. Ao todo, neste ano, 350 tendas ofereciam, em um local montado especificamente para elas, produtos variados. Lá, estavam sendo comercializadas comidas, cobertores, adornos religiosos, roupas, calçados – em especial de inverno – perfumes, bergamota, bijuterias, bebidas, eletroeletrônicos, itens esportivos, entre outras tantas opções, até roupas íntimas.
De acordo com uma das vendedoras de adornos religiosos, até a manhã de domingo o movimento estava calmo e se intensificaria somente mais tarde. Comercializando imagens de Nossa Senhora de Caravaggio no local há mais de 20 anos, ela comenta que as vendas variam conforme o ano. Às vezes a gente pensa que vai dar bem e não dá, afirma. Mas justifica: Venda é assim, pois tem muitos concorrentes. Ela ainda lembra que antes de começar a vender no espaço organizado pela prefeitura, há mais de seis anos, as vendas eram maiores, pois os produtos ficavam mais à vista dos fieis, na própria esplanada ou mesmo nas ruas. Outros dois vendedores de itens religiosos também relataram ter vendido pouco até a metade da manhã de domingo. A expectativa de ambos, no entanto, ficou concentrada para o final da tarde.
Outro comerciante, de bichos de compraspelúcia, explicou que a venda dos seus produtos este ano havia caído pela metade em comparação com o ano passado. O porquê eu não sei, indaga. Ele ainda lembra que o clima no ano passado estava mais frio e chuvoso e que mesmo assim o público e as vendas foram melhores.
Na loja de itens religiosos, localizada nos fundos do Santuário, as vendas também foram um pouco menores do que o ano passado. De acordo com uma das vendedoras, antigamente as pessoas tinham o hábito de comprar adornos de Nossa Senhora de Caravaggio somente nos dias de romaria, o que não acontece mais. Segundo ela, as pessoas retornam em outras ocasiões para comprarem principalmente os objetos de maior tamanho e valor. Ela explica que muitas pessoas têm medo de levar um valor em alto em dinheiro, pelo risco de roubo e que quando adquirem, optam pelos produtos menores e mais baratos, como terços, escapulários, velas, imagens, etc.