Para onde caminha a Educação?
Nestes novos tempos, com a rapidez
da informação, novas posturas apontam
no processo de ensino e aprendizagem

Rumos que se desenham mediante a realidade que se transforma. É assim com todos e com tudo. Em se tratando de Educação, o aluno de ontem não é o mesmo de hoje porque, entre tantos motivos, os meios de pesquisa são outros. Em sintonia com os fatos, a Faculdade CNEC Farroupilha promoveu, nos dias 26, 27 e 28 de outubro, o I Seminário Nacional intitulado Desafios da Educação no Século XXI: a inovação, o novo professor e o novo aluno. O que se viu nestes dias traça a postura de professor-aluno nestes novos tempos.
Atraímos mais de uma centena de pessoas, vindas, na maioria, de universidades de fora da cidade, como de Porto Alegre, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Santa Maria, interessadas em debater e refletir sobre as práticas inovadoras de ensino e aprendizagem, comenta a coordenadora do curso de Pedagogia, área que promoveu o seminário, Ilza Cantarelli.
Acostumada à sala de aula, onde atua há mais de 20 anos como professora de Psicologia, Ilza afirma que inquietações foram levantadas – especialmente na palestra de abertura de Marcelo Veras – para gerar a reflexão sobre a postura profissional do professor. Hoje existe a rapidez da informação com a tecnologia presente em smartphones, então é preciso entender como nos adequar ao novo aluno, para que estejamos aptos a ensinar frente às exigências atuais.
Associar a inovação ao cotidiano apontou como um mecanismo necessário para atrair os alunos em sala de aula.
No momento da inscrição para o seminário, havia a possibilidade de escolher em que workshop participar, dentre os três realizados no dia 27: Design Thinking na Educação com Vinícius Mendes; Criar, Brincar e Aprender com a Arte na Escola do Século XXI com Neucélia M. de Pieri e Educação, Movimento e Inovação com Vagner Peruzzo. Foram muito produtivos porque as competências que o mercado exige são as comportamentais, já que as competências técnicas a gente aprende, sintetiza a professora.
No último dia do seminário, a troca de experiências foi grande entre a plateia e as pessoas que apresentaram seus resumos aprovados de artigos inscritos nas mesas temáticas.
O Seminário proporcionou momentos muito bons de aprendizado para nós professores, para repensarmos nossa prática em sala de aula, com o objetivo de buscarmos mais interação com o aluno e fazermos dele um protagonista, enquanto nós devemos atuar como mediadores neste processo de ensino e aprendizagem, diz Ilza, que há 10 anos está na organização dos cursos de pós-graduação da faculdade e em 2018 coordena também a segunda edição do curso Docência na Educação Infantil.
Segundo ela, a ideia é trazer um novo Seminário a cada dois anos. A possibilidade está sendo estudada.
Por hora o que se pode concluir sobre os rumos da Educação fica resumido nas palavras da professora. Nós, professores, temos que nos abrir mais para que o mercado apresenta: a necessidade de uma mudança de postura para buscarmos novos conhecimentos e colocá-los em prática. Em contrapartida, o aluno precisa fazer a parte dele, que é estudar e sair da zona de conforto para progredir.