Programa Florescer forma primeira turma
Formatura ocorreu no salão comunitário do bairro Primeiro de Maio

Dieverson Colombo
Gean Neis Lira quer ser arquiteto. Kelli Larissa Lorenzatto pensa em medicina veterinária. Kassandra Keila Erthal sonha em ser fotógrafa. Cristiano Walicheski se projeta piloto de avião. Jeferson Tasoneiro está em dúvida entre engenharia mecânica e manutenção de computadores. O que esses adolescentes com sonhos tão diferentes têm em comum? Elas são as cinco primeiras formandas do Programa Florescer/Afasec.
A formatura ocorreu na noite da última sexta-feira (16), no salão comunitário do bairro Primeiro de Maio. O programa é desenvolvido em Farroupilha por meio de uma parceria da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto (SMECD), Associação Farroupilhense de Assistência Social, Educação e Cultura (AFASEC) e Instituto Elisabetha Randon. A iniciativa atende alunos de 6 a 14 anos do bairro Primeiro de Maio no turno contrário ao escolar, oferece atividades pedagógicas, culturais e esportivas com a finalidade de promover a formação integral e inclusão social.
A coordenadora de franquias do Instituto Elisabetha Randon, Cristina Fadanelli, conta que o Florescer iniciou em 2002, em Caxias do Sul, através das empresas Randon, por ser um sonho do empresário Raul Randon. No início, atendia a 80 crianças. As franquias vão abrindo em função da necessidade que é instalada nos municípios, da credibilidade e da forma carinhosa como as pessoas acreditam no nosso trabalho. Então esse trabalho hoje é um programa social. Ela destaca o caráter de inclusão sócio-econômica do programa. O Florescer tem como missão preparar crianças e jovens para o exercício da cidadania e buscar um futuro promissor.
Cristina também ressalta que um dos objetivos é fazer com que cada menino e menina que passe por esse programa seja um difusor do trabalho de parceria e do trabalho social. Todos temos buscado impulsionar o jovem para o mercado de trabalho com muita qualidade. E além dessa qualidade que a formação do Florescer se preocupa também há a formação do ser humano.
A coordenadora pedagógica do Programa Florescer, Vera Scussatto, ressalta que o ano foi produtivo e positivo. Além dela, a equipe conta atualmente com oito instrutores e, a partir de 2012, o programa terá 198 crianças. Foi um ano muito feliz, de muita experiência, mas bem emocionante. Chegando agora no fim do ano a gente vê o valor, a recompensa que a gente tem dos alunos, dos pais, que eles vem, agradecem e falam da importância que tem esse programa aqui no bairro.
Os cinco primeiros formandos deixam o programa por já terem alcançado a idade máxima de inclusão, 14 anos.