Há vagas sobrando no comércio

Depois do dia das crianças, a próxima data almejada pelo comércio é o Natal. Além de ser a que mais movimenta o setor, também é a que mais oferece vagas temporárias. Segundo o presidente do Sindilojas de Farroupilha, Cladir Bono, a expectativa é que sejam oferecidas 150 vagas temporárias, sendo que 30% devem ser efetivadas após o período.

De acordo com Bono, o comércio tem condições de empregar 50% destas pessoas, pois há vagas sobrando. Mas, para quem quer garantir um espaço no mercado de trabalho, Bono destaca que é preciso gostar de se relacionar com as pessoas e se especializar, realizando cursos técnicos como informática, caixa, recepção, vendas, relacionamento com o cliente, entre outros. Os segmentos que mais devem se destacar neste Natal estão os de vestuário, calçados, linha branca, presentes gerais, bijuterias, enfeites e toda a linha eletrônica.

Bono ainda lembra que há muitos cursos gratuitos sendo oferecidos na cidade, como o Senac, que dispõe de 33% da sua demanda em cursos não remunerados, em grande parte voltados à área comercial, e o próprio Empretec, que oferece cinco cursos gratuitos incluindo o transporte e o lanche, também ligados à área de vendas. A pessoa não se qualifica se não quer, pois tem ‘N’ opções para se aperfeiçoar, comenta Bono.

O período de contratação para as vagas temporárias já começou em alguns estabelecimentos, e outros devem iniciar nos próximos dias, afirma Bono.

Ele explica que as pessoas interessadas, devem procurar as lojas que mais se adequam ao seu perfil e interesse ou, então, dirigirem-se ao Sindilojas para que o mesmo oriente e auxilie na busca pela vaga mais apropriada.

Conforme a presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Farroupilha, Cristiane Colombo, cerca de 400 pessoas procuram vagas temporárias em datas especiais como o Natal. Para Cristiane, estes empregos possuem os dois lados. O lado positivo é que o funcionário que se destaca na maioria das vezes é efetivado. O negativo é que o período de 2 ou 3 meses devem ser assinados na carteira de trabalho, e muitas vezes o funcionário fica prejudicado por ficar com a carteira assinada pouco tempo, explica. Ela ainda observa que no município, os empregos temporários não são bem valorizados e remunerados.