Pedágio que divide opiniões
O governo do estado deixa as estradas em péssimas condições
citando falta de recurso como elemento para as pessoas
acreditarem que pagar pedágio é mais seguro e seguindo
a lógica de que, para muitos de fato seria menos prejuízo.
Conforme lei nº 14.875, sancionada no mês de junho de 2016, o governo do estado vai implantar as praças de pedágios. Nós vereadores do bloco 3, da região metropolitana da Serra Gaúcha, nos unimos com o objetivo de diminuir os impactos, onde cobramos e apresentamos alternativas. O pedágio já é fato para o governo, e não abre espaço para discutir a exclusão do mesmo. Passamos a cobrar e apresentar ao governo Eduardo Leite, alternativas para ter um preço justo, incluir mais obras para resolver problemas crônicos que hoje enfrentamos em termos de segurança e, para ter mais fluidez em nossas estradas.
Participamos de inúmeras assembleias, reuniões e manifesto em frente do palácio Piratini, todas organizadas pelas câmaras de vereadores e assembleia legislativa, com a presença de Secretário do estado RS, prefeitos, vereadores e entidades da sociedade civil organizada de nossa região, inclusive duas em nossa cidade de Farroupilha. Com isso, o governo aumentou o prazo para debater as concessões.
O assunto mais cobrado por todos os participantes, vereadores, prefeitos e deputados foi a retirada da outorga e o destravamento do deságio que limita o desconto em 25%, cláusula essa que determina o valor mínimo. Contudo, o governo coloca como regra para empresas que participarão dos leilões das concessões o maior valor de outorga, e este valor o governo aplicará em outras estradas do estado; o que nós defendemos é o menor preço a ser cobrado nas cancelas como regra básica do leilão.
Foram incluídas inúmeras obras que não estavam previstas no projeto apresentado pelo Secretário Leonardo Busatto, como por exemplo, novo traçado da curva da morte na ERS 122; acesso na linha São Miguel que na ERS um viaduto para quem chega de Porto Alegre e retorna para Bento Gonçalves, na RSC 453 em frente a Soprano; viaduto na RSC 453 entradas dos bairros Ipanema e Monte Pasqual; túnel na Av. Santa Rita; viaduto na RSC 453 na saída da Rua Paulo Tartarotti, retorno no aglomerado de fábricas próximo a SAZI. Ao todo foi incluído em torno de 11 propostas de acesso em nosso município no cronograma de obras, além das obras já previstas pelo estado.
Por entender a ligação entre Farroupilha e Caxias do Sul, visitamos as obras previstas entre as duas cidades e junto com o secretário de trânsito e vereadores de Caxias do Sul e solicitamos um viaduto na entrada do bairro Forqueta, ponto este de acesso de comunidades das duas cidades; propriamente bairro Forqueta de Caxias Do Sul, e Vale Trentino de Farroupilha, onde se localiza a Vila Esperança, Vila Nova e Mato Perso, e como sugestão terceira pista nas vias marginais, para ter fluidez e buscando comparativo de autoestrada.
Este pedágio permanecerá pelos próximos 30 anos e eu defendo que todos os retornos devem ser com elevadas ou viadutos, principalmente entre Caxias do Sul até a BR-470 entre Bento Gonçalves e Garibaldi, este quesito nos dará segurança no nosso dia a dia, no ir e vir das estradas mais movimentadas da nossa região. Com isso, sugiro que se faça um conselho gerido pelos municípios para acompanhar o acontecimento das obras e prazos estabelecidos no contrato, dando a estes poderes para pedir quebra do mesmo caso a empresa vencedora não cumpra este quesito.
Ante o exposto, vale lembrar que os termos do edital são flexíveis sobre a implantação das praças de pedágio. Com isso, poderá a empresa vencedora implantar as praças 5 km antes ou depois do estabelecido, que hoje se encontra no KM 50. Lembrando ainda, que para diminuir a possibilidade da implantação em área urbana, sugerimos que esta praça seja implantada no KM 45, na ERS 122, próxima da divisa entre Farroupilha e Carlos Barbosa como melhor alternativa para diminuir ou não existir munícipes separados pelas cancelas pra trafegar pelas áreas urbanas do município.
OBS:
Poderá o governador Eduardo Leite não incluir no contrato das concessões todas as demandas solicitadas, porém, continuaremos agindo em prol da região metropolitana da Serra para que tenhamos segurança e o trânsito possa fluir bem. Esta bandeira é em defesa da cidade e da vida de todos!