Cristina Arruda – a nossa bibliotecária
À frente da Biblioteca Pública Municipal Olavo Bilac desde 2011, a farroupilhense fala com orgulho da profissão que escolheu, cuja data de celebração é neste 12/03
Quando a gente pensa em uma biblioteca, a imaginação corre para um local silencioso, com pessoas compenetradas em suas leituras. Movimentos gerados apenas pelas páginas das inúmeras obras oferecidas. O encarregado pela organização do espaço é o bibliotecário, aquele profissional que sabe onde está cada título. Só isso. Certo? Errado. Uma biblioteca e o responsável por ela tem papéis que vão muito além. Tão além que transformam vidas com atividades criativas que proporcionam experiências e aprendizados.
É neste caminho que estão a Biblioteca Pública Municipal Olavo Bilac e a bibliotecária farroupilhense Cristina Possa Arruda. Ela e a equipe de servidores lançaram o espaço a um patamar muito interessante: de lugar cultural, repleto de ações engajadoras, que abraçam pessoas de todas as idades. Haja vista as inovações apresentadas, como a modernização e o Programa Conecta Biblioteca, da ONG Recode, que aproxima a comunidade e lança os jovens como criadores e executores de ações literárias e culturais.
Resultado? “O Programa premiou as dez melhores experiências de bibliotecas públicas de todas as regiões do Brasil, por suas práticas de inovação, sustentabilidade e transformação social e digital em seus municípios e nós, da Biblioteca Pública Municipal Olavo Bilac, recebemos destaque, conquistando o 4º lugar no Brasil, como uma das ‘Bibliotecas Transformadoras’, dentre as melhores práticas de novas programações, implementadas com apoio da Recode. A biblioteca fora das quatro paredes, oferecendo um leque de atividades, é uma delícia para mim. Não é mais trabalho, é mais alegria”, confessa Cristina.
O que não faltam, além de livros, são oficinas de produção textual, artes e de instrumentos musicais, semanas literárias, encontros com escritores, rodas de poesia, clube de leitura. Tudo com a participação de um Comitê Jovem atuante. Claro que nestes tempos de pandemia, as ações estão dinamizadas em redes sociais e no blog da biblioteca (bibliopublicaolavobilac.blogspot.com). “Sentimos falta da proximidade com as pessoas, da troca entre leitor e escritor, do olho no olho, mas adaptamos nossas atividades para o espaço digital”, complementa.
Cristina é graduada em Biblioteconomia pela UFRGS e acabou escolhendo o curso depois de conversar com uma pessoa que amava a profissão. “Eliane Moura foi minha professora e ouvindo os relatos dela optei pelo curso. Ela me convidou para ser estagiária e assim começou minha trajetória”, conta a moça que já contou histórias na ala de crianças queimadas no Hospital Conceição e passou por bibliotecas especializadas, universitárias, públicas e escolares.
Mais que paixão
A esposa do Marcelo e mãe da Ana Luiza encontrou sua vocação e hoje, aos 44 anos, enxerga claramente sua atuação de agente modificador na comunidade. “A proximidade com os jovens, a possibilidade de auxiliar, de ver a atuação e a evolução de cada um me deixam sem palavras para definir o que representam em minha carreira. É incrível! ”, ressalta a profissional que fez parte da modernização da biblioteca pública, permitindo acesso ao seu conteúdo.
O amor de Cristina pela profissão e pela biblioteca, espaço que ela considera vital para a comunidade, pois “é um centro de informação, cultura, conhecimento e educação, de acesso gratuito, garantindo a democratização de acesso, uso e geração de informação de forma equitativa” é muito evidente.
“Que meu amor pelo livro, pela leitura e pelo mais incrível da profissão – ajudar as pessoas – possa inspirar jovens que ainda não decidiram que carreira seguir. Coloco-me à disposição daqueles que querem saber mais da profissão e seguirei com o propósito de que a comunidade se aproprie da biblioteca como um local de encontro, de intercâmbio, de produção, de conhecimento e de transformação social”, conclui Cristina.
Diante deste sentimento contagioso, neste 12 de março, Dia do Bibliotecário – data de nascimento de Manuel Bastos Tigre, considerado o primeiro bibliotecário concursado do Brasil – deixamos nossa homenagem a ela e a todos os colegas de profissão.
Fica o convite para o ingresso neste mundo fantástico: Facebook: conectmentes, Instagram: @conect_mentes, Blog: bibliopublicaolavobilac.blogspot.com, fone: 3261-7923.
“Que meu amor pelo livro, pela leitura e pelo mais incrível da profissão
– ajudar as pessoas – possa inspirar jovens que ainda não decidiram que carreira seguir.”.