CPI da Saúde
Defensora ferrenha da CPI da Saúde, para investigar os gastos e os volumosos repasses de verbas ao Hospital Beneficente São

Defensora ferrenha da CPI da Saúde, para investigar os gastos e os volumosos repasses de verbas ao Hospital Beneficente São Carlos (HBSC), a presidente do Legislativo, Maria da Glória Menegotto, conversou com o JF sobre a Comissão. Segundo ela, a intenção de abrir as contas da casa de saúde já vem de antes da eleição, justamente em função dos altos valores repassados à instituição e os balanços negativos apresentados. A gente sabia que ia muito dinheiro para lá e as pessoas não estavam sendo bem atendidas, recebíamos reclamações de todos os lados, justifica.
Aconselhada pelo prefeito a esperar um pouquinho para a instalação da Comissão, Glória ressalta que o déficit enfrentado pelo hospital é de R$ 3,6 milhões, conforme balanço publicado na última edição do JF. Ela protocolou a CPI na Câmara, porém, sem pressa. O prefeito me pediu para aguardar um pouco porque tem mais coisas que vão vir à tona, observa Glória. A presidente afirma que já conta com as assinaturas de Sedinei Catafesta (PP), Ildo Dal Soglio (PT) e do colega de partido Paulo Dalsochio. Na noite de terça-feira, Glória protocolou um requerimento que convida o diretor do HBSC, Cirano Cisilotto, a prestar esclarecimentos aos vereadores.
Glória se baseia – para a instalação da CPI – nos movimentos financeiros realizados nos últimos quatro anos. A cada ano que passava, o balanço negativo do hospital aumentava, argumenta a pedetista. Sempre se passou de mais de R$ 5 milhões por ano e em 2012 os repasses foram superiores a R$ 12 milhões, aponta Glória. A presidente vai além e afirma que o HBSC contraiu empréstimos bancários. Tem dívidas em bancos e por isso precisamos instalar a CPI para averiguar corretamente estas situações, resume ela.