Brasil supera meta de crescimento de doadores

País registrou aumento de 29% no número de doadores em relação ao mesmo período do ano passado

O Brasil bate recorde ao registrar 13,6 doadores por milhão de população (PMP) já no primeiro quadrimestre do ano de 2012, a meta era prevista para 2013. O Brasil fechou o ano de 2011 com 2.048 doadores. Nesse primeiro quadrimestre, o país registrou aumento de 29% no número de doadores – 726 doadores -, comparado ao mesmo período do ano passado – 564.

No primeiro quadrimestre 2012 foram realizados 7.993 transplantes. Um crescimento de 37% comparado ao mesmo período de 2011, quando foram notificados 5.842. A região Norte registrou aumento de 109% e a região Centro-Oeste teve 103%. O transplante de coração teve crescimento de 61%.

Com atuação do Ministério da Saúde na melhoria da infraestrutura – especialmente a capacitação de equipes para o contato com as famílias dos possíveis doadores -, incentivo financeiro aos hospitais e na sensibilização da população por meio de campanhas anuais de incentivo à doação de órgãos e tecidos, os brasileiros têm demonstrado que a estratégia é eficiente.

O índice nacional era de 11,4 doadores pmp em 2011 e, em 2010, o índice ficava em 9,9. A meta do Ministério da Saúde é chegar a 15 doadores por milhão de população em 2015.

O SUS oferece assistência integral ao paciente transplantado, incluindo exames periódicos e medicamentos pós-transplante. Queremos atingir, a meta de 15 doadores pmp. Estamos trabalhando na expansão dos serviços e no incentivo junto à população, para que os familiares tenham consciência em doar os órgãos, após a perda de um parente, explica o ministro da Saúde Alexandre Padilha.

INVESTIMENTOS – Em abril, o Ministério da Saúde possibilitou o aumento de até 60% no repasse de recursos para ampliação do número de transplantes no SUS.

Os hospitais que fazem transplante de rim tiveram um reajuste específico de 30% para estimular a realização dos procedimentos e a redução do número de pessoas que aguardam pela cirurgia. O valor pago para transplantes de rim de doador falecido passou de R$ 21,2 mil para R$ 27,6 mil. Nos casos de transplante de rim de doador vivo, o valor passa de R$ 16,3 mil para R$ 21,2 mil.

Ainda nesse mês, o Ministério da Saúde anunciou R$ 10 milhões para aquisição do medicamento imunoglobulina para pacientes que realizarem transplante de rim e apresentarem rejeição aguda ao órgão transplantado. Esta iniciativa possibilita uma rápida recuperação, além da melhoria na qualidade de vida do transplantado.

Em 2011, foram investidos R$ 1,3 bilhão para manutenção e crescimento da rede.