Fumar durante a gravidez pode causar problemas físicos e psicológicos no bebê

O hábito prejudica o desenvolvimento do cérebro do feto, que perde massa por conta das substâncias tóxicas do cigarro

O tabagismo é prejudicial para todas as pessoas e isso já não é mais novidade. Porém, quando se trata de uma  gestante, as consequências são ainda mais graves, podendo causar danos irreversíveis ao feto, que serão apresentados mesmo ao longo da vida da criança. Problemas como o aumento do risco de transtorno de déficit de  atenção e até de doenças congênitas são alguns dos exemplos.

Pode até parecer estranho, mas cerca de 24% das mulheres não deixam de fumar após descobrirem a gravidez.

A comunidade científica não para de investigar os impactos do cigarro na saúde e alguns estudos recentes ainda mostraram que as crianças afetadas pelo cigarro, em geral, apresentam um menor volume de massa cinzenta e branca no cérebro. A massa cinzenta é a parte do cérebro que possui o corpo das células nervosas e incluem regiões envolvidas no controle muscular, memória, emoções e fala. E na massa branca existem as fibras que conectam regiões envolvidas no processamento das emoções, decisões e na atenção. Com essas áreas prejudicadas, os filhos de mães fumantes também podem apresentar quadros de depressão e ansiedade.

A quantidade de cigarros fumados pela mãe também influencia no prejuízo ao bebê, quanto mais a mãe fuma, o bebê recebe mais toxinas e menos nutrientes. Entre as piores consequências deste hábito está a possibilidade de a criança nascer com tendência à dependência química do cigarro, como sugerem alguns estudos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os filhos de fumantes têm capacidade pulmonar duas vezes menor do que de gestantes que não fumaram durante a gestação e há grandes chances de ocorrer morte repentina do bebê.