Sonhos: um assunto sério

Segundo a psicóloga Evelize Perottoni, sonhar faz bem e o sonho é o guardião do sono, como também aponta o pai da psicanálise, Freud

Os sonhos são tão antigos que foram citados até na Bíblia. José interpreta dois sonhos, sendo que um deles é do Faraó: “estava na beira do rio Nilo e em sua margem subiam sete vacas gordas, logo após sete vacas magras. As vacas magras devoraram as gordas”. Desde esse primeiro sonho, de Faraó há milhares de anos, o entendimento sobre o assunto seguiu tentando ser compreendido. Filósofos e médicos tentaram uma explicação, mas não passavam de especulações.

Mas no ano de 1900 a história mudaria completamente por causa de um homem. Sigmund Freud, ao lançar o livro A interpretação dos sonhos, tornou o sonho um assunto de cunho científico. Foi um marco para fundar a teoria psicanalítica, o inconsciente passou a ser estudado.

Segundo a psicóloga Evelize Perottoni, sonhar é como entrar em um parque de diversões. “No sonho tudo é possível. Mas quando se tem um pesadelo, o sonho é proibido pela censura”, explica.

Para a psicanálise, os sonhos são material do inconsciente e “produzidos” pelo sonhador. Para Freud, o sonho é o guardião do sono e também busca a realização de um desejo que pode nem sempre aparecer de forma clara.

Segundo Evelize, todo sonho tem uma simbologia, que vem do inconsciente. “Todos nós sonhamos todas as noites, mesmo não se lembrando dos sonhos. O sonho é um guardião do sono, nos traz um equilíbrio”, ressalta.

Para o filósofo alemão Arthur Shopenhauer, o sonho é uma breve insanidade e a insanidade um longo sonho.

A maioria das pessoas pensa que os sonhos não são importantes, mas os cientistas provaram que podem ser muito mais do que pensamos. Sempre que acordamos, esforçamo-nos para lembrar do sonho da noite anterior. O incrível mundo dos sonhos pode nos levar a qualquer tempo e lugar, trazendo à tona nossos desejos mais íntimos.