Hora de refletir mais uma vez
Segundo o Comandante da Polícia Rodoviária, Marcelo Stassack, falta de consciência ainda é a principal causa dos acidentes com vítimas fatais
No último dia 7 de janeiro, três jovens perderam a vida em um grave acidente de trânsito. Foi apenas mais uma entre tantas tragédias que compõem uma triste estatística onde vidas, sonhos e projetos são interrompidos, amizades são perdidas e famílias ficam inconsoláveis, tentando aceitar e superar traumas como esse.
Mas se dirigir exige tanta responsabilidade e um exercício constante de consciência, porque as pessoas insistem em colocar a sua vida e a vida dos outros em risco? Reportagem de O Farroupilha conversou a respeito do assunto com o Comandante da Polícia Rodoviária, Marcelo Stassack.
Segundo Stassack, dos acidentes mais graves atendidos pela corporação, o principal fator que causa tais acidentes é consumir bebida alcoólica e em seguida dirigir. “Outros fatores são apenas consequência do álcool, porque o consumo de bebida é o que acaba trazendo junto consigo excesso de velocidade e ultrapassagens indevidas, que são as outras duas principais causas desses acidentes”, afirma Stassack.
E porque as pessoas insistem em agir desta maneira? O comandante explica. “É aquela linha de pensamento do tipo: 'comigo não vai acontecer, as coisas só acontecem para os outros, eu sou o bom, eu sou o cara'. Ou seja, as pessoas ainda seguem essa crença da impunidade”.
De acordo com Stassack, isso explica porque a Polícia tem agido na base da “tolerância zero” com as infrações de trânsito, desde as mais leves até as mais graves. “Temos apertado o cerco de tudo quanto é lado, mas nossos braços são curtos. O que está dentro do nosso alcance a gente faz, mas não temos como precisar o que evitamos. O que conseguimos fazer é levantar dados estatísticos, olhar para os números de um determinado ano, comparar com os de outro ano, e verificar o que aumentou e o que reduziu”.
O comandante encerra deixando um valioso recado para os jovens que estão tirando agora sua carteira de habilitação. “Minha dica é que estes futuros motoristas busquem os bons exemplos de condução no trânsito. Que não se deixem levar pelas más influências nem pelas falsas aparências, e que avaliem muito bem as companhias de festas, principalmente quando precisarem ir e/ou voltar de carona”.