Alessandra Mangoni Galves Trentin – A força do feminino

Alessandra Galves Trentin teve dois partos naturais e especialmente nestes momentos sentiu o quanto é forte e empoderada. Ela permitiu que a experiência da maternidade lhe trouxesse um lado mais humano na sua atuação como psicóloga.

Alessandra Galves Trentin teve dois partos naturais e especialmente nestes momentos sentiu o quanto é forte e empoderada. Ela permitiu que a experiência da maternidade lhe trouxesse um lado mais humano na sua atuação como psicóloga.

Pode falar um pouco sobre teus partos?
Sempre achei que ter filhos dava muito trabalho, mas concluindo minha Especialização em Terapia Sistêmica Familiar, Conjugal e Individual senti enorme desejo em ser mãe e vivenciar tudo que havia estudado sobre família e casal. Eu e meu esposo vínhamos de uma relação consistente de 17 anos. Assim que eu engravidei, fui me direcionando a viver a maternidade em sua forma integral, como tudo na vida sempre me dedico profundamente. Descobri o parto natural humanizado e tivemos o Augusto em 2015 de forma linda e natural, numa instituição hospitalar. Em 2018 nasceu magicamente nossa amada Laura, em um parto natural domiciliar. Essas experiências foram um divisor de águas em minha vida, mostrando-me a força e o poder do feminino .

Qual parte mais difícil da maternidade e a que te dá mais alegria? 
Todos os dias se apresentam situações desafiadoras e inéditas na maternidade, mas o mais difícil é o exercício diário de ser menos reativa às situações, é preciso respirar antes, pensar e somente depois reagir. Dão-me alegria todos aqueles momentos diários que vejo avanços no crescimento e desenvolvimento deles, as risadas espontâneas e a troca afetiva que existe em nossa família.

Qual tua missão ao lado deles?
Mostrar que a vida é boa de ser vivida, que sejam pessoas preocupadas com o outro, tenham força e fé pra buscar aquilo que desejam e não desistam dos objetivos mesmo diante de dificuldades inerentes da vida.

Como foi abrir mão do trabalho para exercer a maternidade por completo?
Desde quando engravidei, decidimos, eu e meu esposo, Fernando, por sinal um homem e pai incrível, que eu iria pausar temporariamente a minha vida profissional. Foi tranquilo, prazeroso e intenso ficar cuidando e acompanhando cada etapa. Não me vejo diferente, ser mãe é viver facilidades e dificuldades. Caso contrário não teria os tido. Além disso, a experiência da maternidade me trouxe um lado mais humano na minha atuação como psicóloga. 

Qual tua atuação no consultório?
Trabalho na área clínica há 14 anos, realizando psicoterapia com famílias, casais e indivíduos, ajudando-os a melhorar seus relacionamentos. Também desenvolvo Práticas de Mindfulness e o programa “Fazendo as pazes com a comida” individual e em grupo.   
 
Em que momento consideras ideal o casal ter filhos?
Cada casal sabe a hora de ampliar a família, o mais importante é sentir o desejo, disposição para viver as alegrias e os percalços desse universo que é a maternidade e paternidade, abrir mão de coisas que antes eram importantes, priorizar os filhos e com o tempo ter paciência pra retornar a vida de antes, de um jeito novo, reinventado e melhorado. 

De que forma as Práticas de Mindfuness e o programa “Fazendo as pazes com a comida” nasceram?
Em 2015 busquei a nutrição comportamental para modificar hábitos alimentares e me apaixonei por esse estudo em que a psicologia entra pra complementar. Em 2016, conheci a Medicina Ayurveda, que me apresentou o exercício diário da meditação. Em 2017, realizei cursos na área do comportamento alimentar e mindfulness (espécie de meditação ou consciência e atenção plena). A partir disso, o “Fazendo as pazes com a comida” nasceu, sendo um programa psicoeducativo de 12 encontros utilizando-se de diversos recursos psicoterapêuticos. Sigo estudando pra fazer o meu melhor com todos aqueles que confiam em mim suas vidas e intimidade.