Expedição ao sul do mundo

Grupo Trilheiros do São Jorge cruza o Estado para conhecer a maior praia do planeta, de acordo com o Guiness Book

Sexta-feira, 2 de novembro, feriado de finados. 32 amigos. 15 motos. Quatro caminhonetes Mitsubishi L200 e um caminhão. Mochilas prontas, motos embarcadas e a aventura começa para os farroupilhenses que foram conhecer a maior praia do mundo: Praia do Cassino, em Rio Grande. Com mais de cem anos, é considerado o balneário marítimo mais antigo do Brasil. Depois de quase seis horas e cerca de 450 km, o Grupo Trilheiros do São Jorge chega e se instala no hotel à beira mar. Um dos aventureiros, Renato Dalzochio Jr., conta que, já na praia, fizeram o trajeto dos molhes da barra até o Cassino. Tiramos algumas fotos, pois o lugar é lindo, resume ele. Após os primeiros registros, a merecida pausa para saborear a gastronomia local, rica em frutos do mar.

No sábado, após o café da manhã, o destino era a Praia do Hermenegildo, recanto localizado depois da Praia do Cassino. Estávamos em 15 motos e as quatro caminhonetes de apoio. Durante o trajeto, fotografamos animais marinhos e o famoso Navio Altair, encalhado desde 1976, após enfrentar uma forte tempestade. A Praia consta no Guiness Book (Livro Bookdos Recordes) como a maior praia do mundo – ela tem mais de 254 km de extensão, partindo da cidade de Rio Grande até o Chuí, o extremo mais meridional do Brasil. No caminho, uma parada para conhecer o Farol do Albardão, distante 87 km da Barra do Chuí, no município de Santa Vitória do Palmar. A paisagem natural é impressionante, com grandes extensões de dunas, relata Dalzochio. Após 208 km, o grupo chega à Praia do Hermenegildo, com muitas histórias para contar.

Nos primeiros 60 km, muitos pescadores se misturavam à paisagem. Apreciei muito a aventura e as belas paisagens, sem contar que viajar à beira mar pela maior praia do mundo por si só é uma recordação para o resto da vida, além de ser um lugar que poucas pessoas têm a chance de conhecer, conta Renato. Ele orienta aos interessados em percorrer o trajeto, que sejam utilizadas motos off road e veículos 4×4 para o apoio. O terreno é traiçoeiro, ensina. Na volta para casa, a caravana passou pela Reserva Ecológica do Taim. Fomos presenteados com belas imagens da natureza, simplesmente de tirar o fôlego, lembra Dalzochio.