Terra de povo trabalhador, honesto e com virtudes
A frase é de Nelci Benjamim Bet, da Benjamim Estofados,
outro filho de Nova Roma do Sul que progrediu em
Farroupilha com muito trabalho e dedicação

Em Farroupilha sobram exemplos de empreendedores de fibra vindos de Nova Roma do Sul, que lutaram por um espaço no mercado em que atuam. Lutaram e conseguiram.
Com quase 31 anos de existência, a Benjamim Estofados nasceu com a vinda dos 10 irmãos da família Benjamim Bet à cidade. Família grande, o que era produzido mal dava para alimentar a todos, então o patriarca, senhor Narciso, pegou a esposa, dona Amabile, os filhos e partiu de Nova Roma do Sul em busca de mais oportunidades. O ano era 1975.
Os irmãos mais velhos começaram a trabalhar e um deles, o Nelci, depois de aprender a trabalhar com estofados, resolveu abrir seu próprio negócio, em 1987, no porão da casa do irmão. Naquele tempo, concertava e reformava estofados.
O tempo trouxe crescimento e com ele, as inevitáveis mudanças. Hoje, a empresa que desenvolve e fabrica estofados que são verdadeiras referências no país, conta com 20 colaboradores e diversos motivos para celebrar as três décadas de vida.
Os resultados alcançados demonstram o quanto persistiu o menino vindo de Nova Roma do Sul. Benjamim cresceu nos negócios, fez sua família ao lado da esposa Teresinha, com os filhos Luisa, Laura e Bernardo.
Tenho 51 anos, mas ainda sou o mesmo menino que uma vez saiu com seu pai de uma terra distante para conquistar o sonho de vencer na vida. Tenho a sensação de dever cumprido por ter conquistado tudo que almejava, ter uma vida estável e uma família feliz. Sei que tudo o que conquistei, e tudo que sou, veio do lugar de onde saímos, por ser uma terra de um povo trabalhador, honesto e com virtudes, analisa o empresário.
Nas lembranças de Benjamim estão a casa de madeira, bem pequena, e as brincadeiras em frente a ela, enquanto os mais velhos cantavam canções italianas para enfrentarem os árduos dias de trabalho. Nova Roma para mim é e sempre será minha terra natal. Tenho um carinho imensurável por esta terra e sempre que posso, volto para visitar os parentes que estão por lá e ainda preservam costumes como o jogo da Mora, praticado por horas a fio nas tardes de domingo. Quem sabe um dia poderei voltar e morar lá. Tudo é possível, finaliza.