Aos 94 anos, Cooperativa Vinícola Garibaldi mira na sustentabilidade para escrever seu futuro

Marca festejou seu aniversário nesta quarta, dia 22 de janeiro, focada na perenidade do negócio

O modelo de união de pessoas irmanadas por um mesmo objetivo construiu a sólida história da Cooperativa Vinícola Garibaldi que, agora, chega aos 94 anos, comemorados nesta quarta, 22 de janeiro. O aniversário revigora os propósitos da marca em sua jornada rumo ao futuro com a mesma força coletiva sendo a propulsora de uma caminhada cujo destino é a sua sustentabilidade. Os ideais cooperativos já condensam tal intenção na essência do negócio porque neles está embutida a responsabilidade socioeconômica e ambiental sobre quaisquer ações pensadas e executadas. Assim como preconizavam os 73 cooperados fundadores, no longínquo 1931.

Reorganizados para o cenário atual, no contexto da emergência climática, esses compromissos ganham ainda mais relevância. Investimentos em maquinário, em técnicas de manejo e em novas cultivares têm sido, durante os últimos 15 anos, a cartilha para a Cooperativa Vinícola Garibaldi, ao mesmo tempo, exercer a sustentabilidade do negócio e avançar no mercado, projetando e consolidando seu nome no mercado nacional e no exterior.

A pesquisa de novas variedades, com a manutenção de um vinhedo experimental onde são cultivadas mais de 60 variedades, faz parte do contexto. Com isso, a cooperativa busca castas que, além de se adaptarem ao terroir local, possam oferecer ao mercado produtos inovadores. Exemplo disso é o vinho branco Garibaldi VG Palava, primeiro do país elaborado com a uva homônima, originária da República Tcheca e lançado em 2024. O vinhedo experimental também é estratégico para encontrar variedades que sejam mais resistentes e mantenham a excelência da matéria-prima para a elaboração dos produtos premiados ao redor de todo mundo.

Além disso, pesquisas e viagens técnicas estão no radar da companhia, de modo a aprofundar práticas sustentáveis de produção. Diante das mudanças climáticas, com extremos de chuva ou de seca, essa prática se torna ainda mais necessária. Um dos principais passos nesse sentido é o desenvolvimento de um estudo com as chamadas uvas Piwi, mais resistentes às doenças originadas por fungos. Com diversas variedades viníferas, essas uvas são cultivadas de forma experimental e algumas delas já estão passando por processos de microvinificações – para testes de resultados de produtos.

Embora sem previsão de lançamento, o interesse por uma agricultura que dialogue com as melhores práticas agrícolas, um movimento iniciado há décadas e que inclui, entre outras iniciativas, treinamento em programas pela Global G.A.P. (certificação de produtos internacionais) e assistência técnica na propriedade, lança a cooperativa numa missão em busca da perenidade do negócio. “Nosso grande desafio é planejar a continuidade da cooperativa”, diz o presidente da organização, Oscar Ló.

Para alcançar essa meta, a cooperativa se baseia no trabalho por propósito. “Temos um planejamento muito claro do que queremos para o presente e para o futuro. Esse planejamento é de conhecimento de todo o público com que a Garibaldi se relaciona e, assim, com objetivos estratégicos claros a todos os envolvidos, sem dúvida nosso futuro é promissor”, prevê Ló.