Sobe para 94,3% o índice da atividade econômica atingida pelas enchentes no estado
Entre os locais mais atingidos, na Região da Serra o destaque vai para a produção nos segmentos metalmecânico (veículos, máquinas, produtos de metal) e móveis
Aumentou para 447 o número de municípios (cerca de 90% do total no Rio Grande do Sul) afetados pelas enchentes, segundo atualização do governo do estado divulgada no final da tarde desta segunda-feira, 13 de maio. Isso representa, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), 94,3% de toda a atividade econômica estadual. “Os locais mais atingidos incluem os principais polos industriais do Rio Grande do Sul, impactando segmentos significativos para a economia do estado”, afirma o presidente em exercício da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira.
A entidade atualizou nesta segunda o estudo preliminar, divulgado na semana passada e que incluía 336 municípios, sobre os problemas econômicos decorrentes da catástrofe climática. Das 10 regiões econômicas, as com o maior número de municípios atingidos até esta segunda são Planalto (94), Missões (87), Vale do Taquari (51) e Central (46). Em relação à atividade econômica, as quatro regiões com maiores municípios com Valor Adicionado Bruto (VAB) potencialmente afetado são: Metropolitana (R$ 108 bilhões), Vale dos Sinos (R$ 65 bilhões), Serra (R$ 47 bilhões) e Planalto (R$ 46 bilhões).
Em relação ao VAB da indústria, as regiões com maior atividade industrial potencialmente atingida são o Vale dos Sinos (R$ 25 bilhões), Metropolitana (R$ 17 bilhões), Vale do Taquari (R$ 16 bilhões) e Serra (R$ 15 bilhões). Em relação aos estabelecimentos industriais, as regiões com maior quantidade de indústrias afetadas são Vale dos Sinos (9,1 mil), Metropolitana (8 mil) e Serra (6,6 mil). Já as regiões que mais empregam na indústria em municípios atingidos são Vale dos Sinos (184 mil), Metropolitana (128 mil) e Serra (121 mil).
Quanto às exportações, apenas da indústria de transformação em cidades potencialmente afetadas, se destacam as regiões Sul, com R$ 3,7 bilhões; Metropolitana, US$ 3,2 bilhões; Central, US$ 3,1 bilhões, e Planalto, US$ 2,7 bilhões. Por fim, as regiões com maior impacto potencial sobre a arrecadação de ICMS em estabelecimentos industriais são Vale dos Sinos, com um total de R$ 5,3 bilhões, Serra, R$ 3,5 bilhões, e Metropolitana, R$ 3,1 bilhões.
Entre os locais mais atingidos, na Serra o destaque vai para a produção nos segmentos metalmecânico (veículos, máquinas) e móveis, enquanto na Região Metropolitana de Porto Alegre estão os metalmecânico (veículos, autopeças, máquinas), derivados de petróleo e alimentos. Já na Região do Vale dos Sinos tem grande relevância a produção de calçados; e no Vale do Rio Pardo, destacam-se os alimentos (carnes, massas) e tabaco. Por fim, a Região do Vale do Taquari é forte nos segmentos de alimentos (carnes), calçados e químicos.