É com o Brasil que eu vou
Renato Dalzochio Jr Pela terceira vez em quatro temporadas, o Brasil de Farroupilha está classificado para a fase final do
Renato Dalzochio Jr
Pela terceira vez em quatro temporadas, o Brasil de Farroupilha está classificado para a fase final do Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão. A vaga garantida com antecedência aliada ao excelente futebol que o time vem apresentando dentro de campo (tem a melhor campanha geral da Segundona) enche o torcedor de confiança na busca por um lugar na elite do futebol gaúcho em 2012.
Para motivar ainda mais a busca pela realização do sonho, a reportagem de O Farroupilha decidiu resgatar um pouco da história do clube, conversando com um casal que, há 72 anos (mesma idade do clube) tem amor declarado ao rubro-verde farroupilhense.
Noimar Angelo Fitarelli, 85 anos, começou a jogar no Brasil aos 17 anos e só parou por volta dos 51 ou 52. Centro Médio de muita velocidade (na época tinha o apelido de “Mata Junta”, por ser um jogador magrinho, porém veloz), além de jogador também era o massagista do clube, sendo que preparava em casa o óleo que seria usado no tratamento dos jogadores.
Adennis Maria Fitarelli, de 81 anos, esposa de Noimar, conheceu o marido através do Brasil, já que além de apaixonada por futebol, sempre foi torcedora fanática do rubroverde. Ela lembra com carinho da época que considera uma das melhores de sua vida.
“Na companhia das minhas amigas Nair de Oliveira, Zilma Veronese, Geni Delimburg, Nena Brambilla e Jandira Dors entre outras, acompanhava o Brasil em todos os jogos aqui na região da Serra, desde os tempos do campo da Corsan até o campo da Barão do Rio Branco. Quase todas na época namoravam algum jogador. Quando o time perdia, nós espalhávamos chuchu pela cidade (risos). Na época os companheiros de time do Noimar eram o Ico Bartelle, o Artur Perotoni, os irmãos Ruth e Rui de Sosa e o Olimpio Calera, entre outros. Quando nos casamos, o Noimar tinha 23 anos e eu 18. Já temos 61 anos de casados e 72 de paixão ao rubro-verde. Até hoje amamos o Brasil. Nunca saiu dos nossos corações”, conta risonha.
Ao lado da irmã Jandira Prece, que teria 78 anos caso estivesse viva hoje, Adennis foi à autora da primeira letra do hino do Brasil (apesar de não ter registrado na época), uma marchinha, bem diferente do hino criado recentemente para o clube.
Segue abaixo a letra do hino:
É com o Brasil que eu vou
É com o Brasil que eu vou jogar até ele ser campeão!
É com o Brasil que eu vou porque ele é um time bom!
Mas se o Brasil perder eu vou quebrar meu tamborim!
Mas se ele ganhar vai ser assim!
Joga! Joga! Essa jogada no campo da Baixada!
Quero ver o time ganhar!
Quero ver os jogadores varonil no campo do Brasil!
Batucando é com a bola que eu vou!
É com a bola que eu vou até ele ser campeão!