O teste da orelhinha não pode deixar de ser feito
Segundo a fonoaudióloga Cristina Mauri, o exame tem extrema importância
Dieverson Colombo
No dia 2 de agosto de 2010, foi sancionada a lei que determina que os hospitais e maternidades públicas devem fazer o teste da orelhinha. Segundo a fonoaudióloga Cristina Mauri, a realização do teste é fundamental. “Pode ser detectado precocemente se o bebê tem deficiência auditiva”, ressalta.
Mas o que ocorre é que nem todas as crianças acabam fazendo. Principalmente se as mães tiveram algum risco na gravidez. “O exame vai dizer se há alguma alteração. Se tiver, o recém nascido irá refazer o exame depois de 15 dias, se não passar é encaminhado para o otorrinolaringologista. Esse especialista fará os exames complementares”, explica Cristina.
De acordo com a fonoaudióloga, a maioria das crianças que vão ao seu consultório, tem algum risco. Mas muitos médicos acabam não indicando a realização deste exame, que hoje é fundamental.
Há também os chamados bebês de risco para a surdez. São os casos em que já existe um histórico de surdez na família, intervenção em UTI por mais de 48 horas, infecções ou anormalidades, uso de medicamentos ototóxicos, que são remédios que tem efeito tóxico sobre o sistema auditivo e o de equilíbrio.
O exame é realizado por um aparelho com um pequeno fone de ouvido, onde são emitidos sons de fraca intensidade no canal auditivo. As células ciliadas externas captam estes estímulos auditivos e mandam resposta de volta ao canal. Esta resposta é amplificada e registrada. O exame não resolve futuros problemas de audição
O teste da orelhinha deve ser feito em todos os bebês e leva de cinco a dez minutos para ser concluído. É realizado por uma fonoaudióloga, na maternidade, aproximadamente 48 horas após o nascimento, preferencialmente com o bebê dormindo. Não dói nada. É de extrema importância sua realização, e os hospitais tem a obrigação de realizar. Basta pedir ao pediatra ou ao médico do seu filho, ou qualquer dúvida entrar em contato com um fonoaudiólogo.