Letícia Haab – Colinho e muito amor

Letícia Haab é dentista, mora em Caxias do Sul, e é adepta da criação com apego, que prega que fortalecer o vínculo emocional com os filhos, colabora para que eles cresçam mais seguros, empáticos e felizes.

Letícia Haab é dentista, mora em Caxias do Sul, e é adepta da criação com apego, que prega que fortalecer o vínculo emocional com os filhos, colabora para que eles cresçam mais seguros, empáticos e felizes. 

De que forma administras tua rotina profissional e pessoal, tendo uma filha pequena?
A Antônia veio antes do previsto, com 35 semanas, e dois dias antes de ela chegar o meu esposo abriu a loja dele. O início foi bem tumultuado pra mim, estava insegura e não tinha ele presente durante o dia para me ajudar. Tive depressão pós-parto, mas graças a Deus tudo passou. Sou profissional autônoma e quando ganhei a Antônia, me organizei financeiramente para ficar dois meses sem trabalhar e curtir ela. Fui voltando aos poucos para o consultório, pois ela mamou até os seis meses exclusivamente no peito. Hoje a minha questão profissional está organizada, a pessoal ainda não tá 100% e acho que para o resto da vida o lado pessoal fica em segundo plano, os filhos vêm em primeiro plano sempre. Eu consigo deixá-la com a tata para poder fazer minhas coisas como mulher, mas culpo-me muito por deixar de ficar com ela pra fazer algumas coisas‑. Mas sei que mãe feliz, filho feliz. Considero-me bem mãezona, tento dar o meu melhor e sinto ainda que eu falto em algumas situações. 

O que mudou depois do nascimento da Antônia?
Tudo mudou! Meu mundo virou de cabeça pra baixo. Impossível imaginar a vida sem ela. Mas para mim o que mudou principalmente foi a questão de não ser mais dona do meu tempo. Antes tinha a minha autonomia, hoje tudo gira em torno dela e nos organizamos para fazer qualquer coisa sempre em função da Antônia. Mas vale tudo pela nossa baixinha. 

Como tu te vias antes de tê-la? E agora?
A Letícia antes da Antônia era uma pessoa mais insegura e mais controladora. Após a Antônia tudo mudou, aprendi que não temos controle de nada. E que muitas vezes o melhor é deixar mesmo que a natureza se encarregue e tudo dará certo no final. Antes minha prioridade era o trabalho, hoje ela vem em primeiro lugar. Hoje também percebo que não importa o quanto eu trabalhe para ter segurança financeira, o que importa é o tempo que tiro para estar com ela.

Da educação que teus pais te deram, o que tu repetes com a Antônia?
Muitas coisas! Nenhum pai age pensando no ruim, sempre quer acertar por amor aos filhos.  Levo muito o ensinamento do amor exigente, ou seja, dar muito amor, colo e carinho mas saber impor limites, saber ensiná-la e orientá-la para que sejamos exemplo. 

Qual é a tua maior missão, ao lado da tua filha?
Minha maior missão é fazer com que a Antônia seja um ser humano feliz e realizado. Que ela seja segura e saiba lidar com as adversidades que aparecerão na vida dela. Passar para ela os principais valores da vida: Deus e família. 

De que forma tu podes fazer diferença na vida dela?
Sendo presente e não somente dando “presentes”. Dando atenção, carinho e muito amor. Sou a favor e ponho em prática a criação com apego. Acho que essa educação baseada em muito amor e colo é o que de melhor posso deixar para ela e o seu desenvolvimento. 

Como ela é?
Antônia é uma criança muito tranquila, desde que nasceu foi muito serena. Ela é muito amorosa e com um ano e seis meses já fala “mamãe, te amo”. Tem um semblante e jeitinho muito meigo de mocinha. Tem personalidade e já demonstra saber o que gosta e o que quer. 

Como mãe, já passaste por alguma situação desconfortável? 
Preparei-me muito psicologicamente para ser mãe e sempre enfrentei qualquer situação de forma tranquila e acredito que hoje em dia cada vez mais a sociedade está buscando preparar-se para as gestantes e mães com criança pequenas!

Pretendes ter mais filhos?
Sim, gostaria de ter mais um filho ou filha. Sinto que minha missão como mãe ainda não está completa. E também acredito que seja importante para a Antônia ter mais uma companhia e alguém com quem possa contar na sua vida. Os laços de sangue e a importância da família é o que há de mais importante.