Após 15 anos, ex-governadora Yeda Crusius é inocentada das acusações da Operação Rodin
A ação corre na quarta turma do TRF-4 e teve a relatoria do desembargador Marcos Roberto Araújo Santos
Depois de 15 anos de tramitação, a ex-governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, foi inocentada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de todas as acusações no âmbito da Operação Rodin. O processo investigou supostos atos de corrupção e improbidade administrativa em contratos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS). Em sessão realizada na quarta-feira, 7 de agosto, o TRF-4 reconheceu por unanimidade que, em nenhum momento, Yeda cometeu fraude, corrupção ou teve enriquecimento ilícito. Além disso, a corte registrou que o Ministério Público Federal (MPF) não reuniu provas ou indícios de atuação dolosa ou intencional da ex-governadora no caso.
“É uma enorme vitória. É o fim de uma provação que dura mais de uma década. Mas sempre acreditei na Justiça e ela, enfim, chegou”, comemorou Yeda, que governou o Rio Grande do Sul entre 2007 e 2010, sendo a primeira mulher à frente do Palácio Piratini. Em sua gestão, alcançou o déficit zero pela primeira vez em mais de 30 anos, pagou os salários e o 13º dos servidores em dia e quitou recordes em precatórios. Acompanharam o voto pela inocência os desembargadores Luís Alberto Aurvalle, que presidiu a sessão, e Vívian Pantaleão. O advogado Fábio Medina Osório, que defende a ex-governadora desde o início do caso, fez a sustentação oral em favor da ex-governadora. “Por anos Yeda foi vítima de uma grande injustiça. Esta decisão encerra esse capítulo, marcando de uma vez por todas sua inocência”, destaca Osório.