Por que o prefeito Feltrin não buscou a reeleição em Farroupilha?

Fabiano Feltrin abriu mão de concorrer,
em outubro, indicando seu vice, Jonas Tomazini, como candidato à sucessão

Silvestre Santos
silvestre@ofarroupilha.com.br

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O atual prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin (PL), mesmo estando legalmente apto, desistiu da candidatura à reeleição no pleito de 6 de outubro próximo. Ele indicou para candidato à sua sucessão o atual vice-prefeito, Jonas Tomazini, do MDB. O empresário presidente licenciado do Grupo Feltrin (com forte atuação no ramo imobiliário), cover do cantor Elvis Presley, assumiu o comando do Executivo em 1º de janeiro de 2021 com 20.240 votos recebidos em 15 de novembro de 2020, ou 49,76% do total de 45.278 eleitores que foram às urnas.

Depois da convenção de sábado, 3 de agosto, que homologou as candidaturas de Tomazini, para prefeito, e do médico e vereador Thiago Brunet, para vice, Feltrin explicou, ou tentou explicar, apelando para desígnios divinos, o porquê de abdicar de uma candidatura mesmo propagando aos quatro cantos que seu governo foi o que mais investiu em obras e serviços nos 89 anos de existência de Farroupilha, com ênfase para o asfaltamento de ruas no centro e nos bairros, saúde e educação, entre outras áreas, o que, em tese, lhe asseguraria a reeleição.

“Todos somos seres humanos, não somos imortais. Temos uma missão como instrumento de Deus, para trabalhar para a coletividade, e eu já dizia para o Jonas ficar preparado, porque a gente não sabe o que vai acontecer. Com a pandemia (Covid-19) e as enchentes do ano passado e que voltaram neste ano, eu não achava justo estar em campanha (política) com todas as tragédias e catástrofes acontecendo”, afirmou.

“Um de nós (ele ou o vice) tinha que ficar no gabinete, e como sou o responsável (pelo governo) até o final de 2024, tomei a decisão, pela coletividade, pedi os sinais de Deus e Ele me entregou, dizendo para eu deixar para o Jonas continuar a jornada, de forma que eu pudesse ficar até o último dia, única e exclusivamente, dedicado à nossa comunidade”, disse o prefeito.

Futuro político

Sobre o que pretende fazer depois que deixar a Prefeitura, em 31 de dezembro deste ano, em se tratando de política, Fabiano garantiu que não tem nada planejado. “Eu sei que as pessoas falam bastante sobre questões estaduais (candidatura à Asssembleia), mas não tenho nada preparado. Eu moro em Farroupilha, os principais negócios da família estão aqui, filhas, enfim, a gente quer o melhor para a nossa cidade. Por isso que estamos fazendo todo esse esforço por estas novas lideranças”, falou o mandatário, referindo-se a Jonas e Brunet.